PARA TODOS MARINHEIROS E PESCADORES
E AMIGOS DESTE BLOG REAIS E VIRTUAIS
TODOS OS VISITANTES
DESEJO
FELIZ NATAL & PRÓSPERO ANO NOVO
MERRY CHRISTMAS & HAPPY NEW YEAR
BEST WISH TO YOU ALL.
JIMMY O PESCADOR
JIMMY THE FISHERMAN
Filho de pescador
Eu tinha, aproximadamente, mais ou menos seis anos.
Eu tinha acabado de entrar para escola em Matosinhos,
Chamada Fenatte,
perto da igreja do senhor de Matosinhos.
Como eu era feliz nesse tempo,
Sem dinheiro, também se consegue ser feliz.
Na inocência da idade, lembro-me e muito bem da minha mãe comprar roupa em segunda mão, nesse tempo
comprou-me um sobretudo, assim eu ir agasalhado para escola e encobrir o resto, como nunca, fui muito exigente, eu ficava feliz com muito pouco nessa ocasião lembro-me que eu tinha sobretudo mas não tinha sapatos, estão a ver o pagode, eu de sobretudo com tamancos lol., era a vida naquele tempo se havia para a barriga tinha-mos de dar graça a Deus por isso nunca eu passei fome.
Lembro-me de brincar aos índios,aquilo ali era pinheiros e silvas,e nós miudos iamos para ali brincar,tambem foi quando apareceu as primeiras televisões da epoca,eu e os meus amigos iamos para as montras do Café Caravela ver esses filmes, era o tempo do Rin-Tim-Tim, era o ponto de encontro da brincadeira. onde é agora o Estádio do Mar (Leixões)que está em meu coração, o velho estado do Santana (Leixões) era ali onde é atualmente Câmara de Matosinhos.
Lembro-me muito bem, que traineiras da sardinha paravam uma noite por semana, em que os pescadores eram a ferro e fogo, quem fosse doente não sobrevivam porque eu costumo dizer:
Era a lei do mais forte, nos dias de hoje era uma escravidão, em comparação.
Porque hoje em dia temos máquinas para tudo ou quase tudo!
Imaginem vocês descarregar por exemplo de 500 a mil cabazes de sardinha ou carapau ou cabala
Cada cabaz devia pesar por volta entre a 15 a 20 quilos, as vezes logo pela manha cedo, (diz-me quem és tu, que eu digo quem sou eu) esta frase é um provérbio dos pescadores, quer dizer:
Não dar parte de fraco.
Por vezes o mar era bravo, os homens ficam entre os barcos esmagados, e com penas partidas tudo podia acontecer,isto para apanhar a lota. Ou seja, o melhor preço, na maioria das vezes não tinham tempo de tomar uma chávena de café, imaginem uma noite toda a lançar as redes e (alar)puxa-las á mão e depois andar na descarga do peixe; como aqueles homens aguentavam, pareciam homens de outro mundo, de diferente estrutura. Quando caiam na cama ou no chão, onde dormirão vezes sem contar o tempo, era como se fossem anestesiados. Descalços com os bordões ás costas,horas e horas a fio, na maioria da vezes tinham de puxar as redes de ponta a ponta para ver e reparar; e muitas vezes( era aviar e andar), era assim, que se acabava de descarregar os barcos.
O mestre dava meia hora ou uma hora, para os pescadores arranjarem umas sandes e partirem novamente para faina.
Como era dura essa vida, não havia outra escolha, porque o presidente Salazar não deixava emigrar.
O ponto de emigração era o porto de Matosinhos, o do Algarve até ao Minho. E trabalhavam
Por safras, entre Abril a Janeiro era quando (amarravam) os barcos era o defeso parava a faina,
Sim terra de muitas recordações a vila de Matosinhos hoje cidade com grande mérito…
Aqui fica mais uma história de um menino pescador,
Contada e gravada no seu pensamento.
Mais histórias viram a seu tempo,
Escrito pelo Jimmy o pescado
Aqui mais uma amiga envia um poema
Em homenagem aos pescadores
De Portugal
Loveright
despedida
Estica a tua mão,
em direcção á minha,
e, sente a solidão de minha inexistência.
Só a oração adoçará o exílio,
deste irmão a recordar,
neste mar de aflição.
Só a oração acalmará,
o mar enfurecido,
que arrebata para si,
cada sopro de vida.
Estica a tua mão,
e vê um mar de gente,
que nunca viu o mar,
e naufragou nele,
sem o poder da oração.
Caminhamos todos na solidão,
das trevas submergem os delírios,
e num desabafo de alma,
pedimos auxilio.
Estica tua mão,
lança uma prece,
por cada irmão,
que naufraga na solidão.
LoveRight
(Para o marinheiroJimmy
Aqui fica uma linda homenagem feita pela amiga e poetisa
Alzira Macedo
Ao pescador Jimmy
Obrigada querida amiga
O Homem do mar...
Ò mar tu que me conheces dos pés á cabeça
meus pensamentos, meus medos e enredos…
Mar que tanta luta me deste
apreciei tanta noite de luar
contigo a acompanhar
tantas vidas levaste
eu sem nada poder fazer observei
revoltei-me e gritei…
Mar, mar porque és tão cruel
tu não imaginas o sabor a fel,
que sinto em mim
quando minha família deixo e parto para ti.
revoltas-te…
Porque não nos queres em teu território
és imenso, és dominador
és o ganha-pão do pobre pescador
esse que sai sem saber se volta
que luta como um leão
E considerado como um D. Juan
Que pousa em cada porto,
ilude-se com as sereias,
em ouvi-las cantar, deixamo-nos enamorar
nunca lembrado como um desgraçado
que sente frio, sente dor,
sem forças tem de aguentar
as brincadeiras assustadores do grande mar.
deixo mãe, pai, mulher e filhos por mim a chorar
pedindo a Deus para me deixares regressar
Meus filhos não os vejo crescer
tornam-se homens e eu sem os conhecer
sou como um mendigo sem porte nem beira
de saco às costa vou e venho em cada maré
cabeça baixa pelo mundo viajo
lágrimas reprimidas,
emoções escondidas
rosto escuro e marcado pelo teu sal,
pelas tuas tempestades
mãos ásperas, pelo árduo trabalho
Sou esquecido quando saio da terra
sou um aventureiro quando entro no mar
que sou eu, nem eu sei…
um pobre marinheiro solitário
perdido entre a terra e o mar
sem nada ter, sem nada conquistar,
nem amigos eu posso ter e guardar
naufraguei na minha dor
na minha revolta
de bruços virado para o mar
quero tudo mudar
minha família, amigos e o mundo abraçar
Alzira Macedo
escrito para o
(Marinheiro Jimmy)
Criança, em noite de naufrágio
Era por volta das duas ou três horas da manha
Não posso definir muito bem, porque naquele tempo
Não tinha relógio e o tempo para mim não contava,
Sei que era de noite e estava assustado, porque ouvia gritos por todo lado,
Eu também não sei muito bem que mês era, mas penso que devia ser Fevereiro.
Sim porque eu tinha apenas, cinco aninhos, era (um bebé), e essas memórias ficaram gravadas na minha mente.
Tudo quanto me lembro, eram gritos de desespero por todo canto da terra.
Fui acordado pelos gritos, fiquei traumatizado para vida e ainda hoje ouço aqueles gritos de aflição.
Passando umas horas para saber o que se tinha passado…
Eu como criança levei anos e de vez enquanto perguntava a minha mãe.
Porque para uma criança como eu, pensava que o mundo ia acabar. Nem imaginava nada de nada, não pensava que havia algo tão grande, no universo. Referia-me e queria perguntar
Queria saber, queria calar aqueles gritos que me matavam o coração de tristeza, e também comecei a chorar com Coração, sem saber a razão!
Seria compaixão seria medo, devia ser tudo junto que aflição.
Olhava para o lado para me agarrar a alguém, todo mundo tinha desaparecido da minha beira!
Onde estavam todos eles, porque me tinham deixado sozinho no meio daqueles gritos, só ouvia assim em voz bem alta.
“Morreu tudo… Meu Deus morreu tudo”
imaginem para uma criança da minha idade, sozinha no meio dos gritos! Que sentiria?
Como ficou a minha mente?
Quanto tempo levou para tentar recuperar… Muito, porque ainda hoje ouço esses gritos.
O que se tinha passado, foi que os pescadores da sardinha tinham saído para a faina da pesca no mês de Fevereiro mais ao menos, não estou lembrado que mês era ao certo, mas um mês rigoroso de inverno e só pode ser Fevereiro.
Como sabem os pescadores antigamente iam para faina nos barcos de boca aberta (barcos sem caixa de ar) em caso de se virarem fica voltado e nunca volta aposição normal,
Por outras palavras (de pernas para o ar) assim e nunca mais voltaria a posição normal. O barco era tipo, ou seja igual a lancha Poveira, mas em ponto mais pequeno, sem motor. Somente com os remos e a vela, e linhas de pesca e com redes da sardinha de malhar.
Era assim que eles tentavam matar a fome aos seus familiares, nesse tempo de fome.
Chamo-lhe no tempo de quem tinha um olho era rei.
Voltando ao termo da conversa, tinham saído para o mar e o temporal os tinham apanhado de surpresa em quanto pescavam e muitos ficaram lá para sempre.
Deus tenha compaixão pelas suas almas, porque por mim jamais serão esquecidos sendo também um homem do mar.
Espero que entendam, não sou escritor nem poeta, se por acaso a leitura não estiver bem ao gosto dos leitores me desculpem.
Aqui também quero chamar atenção, não só ao naufrágio… Como ter em conta não gritarem com as crianças e nunca deixa-las sós em caso algum…
Obrigado um abraço pescador
Jimmy o pescador
Introdução do Marinheiro Jimmy
Olá amigos e amigas eu o marinheiro Jimmy
Navegando pelos sete mares
Vou passar a escrever o livro da minha vida
Em capítulos desde minha infância até aos dias de hoje.
Começo pelo nome Jimmy
Jimmy fui o nick name(apelido) que me deram assim que cheguei a
S.johns newfoundland na pesca do bacalhau.
Tudo isto tem a ver com ou vais para o bacalhau ou vai para Angola.
Comecei aos oito anos entre a escola e o mar.
Filho de pai pescador
Com mais seis irmãos, duas raparigas e cinco rapazes
Total =7
Como sabem não havia televisão lol .
Morando numa terra piscatória, ao norte de Portugal
Venho aqui deixar o que a minha memória gravou
Entre trabalho amores e desilusões,maus tratos e solidões
Dar a entender um pouco do livro da minha vida
Não para que sirva de exemplo, mas sim para alguém se lembrar
Do homem do mar o Jimmy vem navegar.
Espero que gostem desta viagem
Que comigo vão fazer
Obrigado
Jimmy
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