Criança, em noite de naufrágio
Era por volta das duas ou três horas da manha
Não posso definir muito bem, porque naquele tempo
Não tinha relógio e o tempo para mim não contava,
Sei que era de noite e estava assustado, porque ouvia gritos por todo lado,
Eu também não sei muito bem que mês era, mas penso que devia ser Fevereiro.
Sim porque eu tinha apenas, cinco aninhos, era (um bebé), e essas memórias ficaram gravadas na minha mente.
Tudo quanto me lembro, eram gritos de desespero por todo canto da terra.
Fui acordado pelos gritos, fiquei traumatizado para vida e ainda hoje ouço aqueles gritos de aflição.
Passando umas horas para saber o que se tinha passado…
Eu como criança levei anos e de vez enquanto perguntava a minha mãe.
Porque para uma criança como eu, pensava que o mundo ia acabar. Nem imaginava nada de nada, não pensava que havia algo tão grande, no universo. Referia-me e queria perguntar
Queria saber, queria calar aqueles gritos que me matavam o coração de tristeza, e também comecei a chorar com Coração, sem saber a razão!
Seria compaixão seria medo, devia ser tudo junto que aflição.
Olhava para o lado para me agarrar a alguém, todo mundo tinha desaparecido da minha beira!
Onde estavam todos eles, porque me tinham deixado sozinho no meio daqueles gritos, só ouvia assim em voz bem alta.
“Morreu tudo… Meu Deus morreu tudo”
imaginem para uma criança da minha idade, sozinha no meio dos gritos! Que sentiria?
Como ficou a minha mente?
Quanto tempo levou para tentar recuperar… Muito, porque ainda hoje ouço esses gritos.
O que se tinha passado, foi que os pescadores da sardinha tinham saído para a faina da pesca no mês de Fevereiro mais ao menos, não estou lembrado que mês era ao certo, mas um mês rigoroso de inverno e só pode ser Fevereiro.
Como sabem os pescadores antigamente iam para faina nos barcos de boca aberta (barcos sem caixa de ar) em caso de se virarem fica voltado e nunca volta aposição normal,
Por outras palavras (de pernas para o ar) assim e nunca mais voltaria a posição normal. O barco era tipo, ou seja igual a lancha Poveira, mas em ponto mais pequeno, sem motor. Somente com os remos e a vela, e linhas de pesca e com redes da sardinha de malhar.
Era assim que eles tentavam matar a fome aos seus familiares, nesse tempo de fome.
Chamo-lhe no tempo de quem tinha um olho era rei.
Voltando ao termo da conversa, tinham saído para o mar e o temporal os tinham apanhado de surpresa em quanto pescavam e muitos ficaram lá para sempre.
Deus tenha compaixão pelas suas almas, porque por mim jamais serão esquecidos sendo também um homem do mar.
Espero que entendam, não sou escritor nem poeta, se por acaso a leitura não estiver bem ao gosto dos leitores me desculpem.
Aqui também quero chamar atenção, não só ao naufrágio… Como ter em conta não gritarem com as crianças e nunca deixa-las sós em caso algum…
Obrigado um abraço pescador
Jimmy o pescador
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