"Vasco d'Orey"
Um outro vector da economia que prende a atenção dos governantes
nesta década de 30 é o sector das pescas. O enfoque situa-se na pesca
do bacalhau. Até 1926 houve um aumento das importações pelo que
se constatou a necessidade de constituir uma frota e um conjunto de
empresas de pesca de bacalhau com capitais maioritariamente portugueses.
Assim se poderia minorar a necessidade de importação deste produto.
A partir de 1934 dá-se início à reorganização desta actividade através
da Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau, com facilidades
especiais de crédito e isenções fiscais importantes sobre o pescado e sobre
a construção naval. Esta entidade tinha por função a regulação, não só
da pesca, mas também da importação do bacalhau.
A lei que passa a regular a aquisição e construção de embarcações define
critérios que fixam uma maior tonelagem dos navios e melhores condições
de alojamento e navegabilidade, entre outros imperativos. 72
A organização corporativa dos armadores em organismos próprios permite
também um maior controlo e apoio à classe.
É neste contexto que a Orey Antunes decide comprar, nos anos 30,
a Empresa de Pesca de Viana – que já existia sob o nome de Companhia
Marítima de Transportes e Pesca –, tendo como principais accionistas
Vasco d’Orey e João Alves Cerqueira, um importante empresário de Viana
do Castelo. Tratava-se de um projecto ambicioso que tinha por objecto
a pesca do bacalhau. Faziam parte da frota, entre outros, os navios Santa
Maria Manuela, 73 o Santa Maria Madalena e o São Rui.
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