Arrastão Comandante Tenreiro da Lusitânia, no Atlântico Norte, anos cinquenta, pois já tem radar e a borda de bombordo ainda não foi fechada. Segundo do nome, pois o primeiro Comandante Tenreiro, construído de madeira para a pesca à linha, também para a Lusitânia, naufragou na Gronelândia em 1946 após colisão com um iceberg. Este navio de aço, foi o primeiro arrastão construído nos estaleiros da Figueira da Foz, segundo os planos dos primeiros arrastões da SNAB. A 23 de Dezembro de 1973, regressou da sua última campanha com avarias várias, ocasionadas por um temporal. Foi sujeito a algumas reparações em Aveiro e era suposto voltar à pesca. O 25 de Abril, fez mudar-lhe o nome, agora indesejável, para Gronelândia. O armador começou a desinvestir, vendendo os restantes navios a outros armadores. Depois de vários anos a chorar ferrugem em Aveiro, veio para Lisboa para ser demolido, sendo registado em Lisboa com o número LX-73-N para efeitos de demolição. Foi considerado demolido a 12 de Abril de 1984. Alguém tem fotos deste navio imobilizado em Aveiro? Foto Eduardo Lopes.
Os prioneiros da pesca do bacalhau.
assim eram os primeiros navios do bacalhau.
e estes eram os pescadores dele.
assim aqui lhe dou um pouco da vida de pesca do bacalhau
para que recordem ela e se sintam lá, sonhando por um segundo.
Aqui mais uma amiga envia um poema
Em homenagem aos pescadores
De Portugal
Loveright
despedida
Estica a tua mão,
em direcção á minha,
e, sente a solidão de minha inexistência.
Só a oração adoçará o exílio,
deste irmão a recordar,
neste mar de aflição.
Só a oração acalmará,
o mar enfurecido,
que arrebata para si,
cada sopro de vida.
Estica a tua mão,
e vê um mar de gente,
que nunca viu o mar,
e naufragou nele,
sem o poder da oração.
Caminhamos todos na solidão,
das trevas submergem os delírios,
e num desabafo de alma,
pedimos auxilio.
Estica tua mão,
lança uma prece,
por cada irmão,
que naufraga na solidão.
LoveRight
(Para o marinheiroJimmy & todos navegantes e marinheiros)
Entre mim e o oceano
Estás tu no meu pensamento
Toda hora e qualquer momento
Sinto tua voz
Tuas preces
Teu amor
Tua dor
E as saudades
Sinto todo este vazio
Que preenchido pela vasta solidão
Deste oceano
Neste dia cinzento
Estou sem talento
Para te dizer algo lindo
Porque não encontro palavras
Para alegrar teu coração
Queria ser forte
Não só na imaginação
Desejava mais poder
Para te ajudar
Andar nesse caminho penoso
Estar ao teu lado
Na entre ajuda do teu calvário
Já que nada posso fazer
Ao teu lado estarei
Como leal amigo
Assim ficarei….
sofrimento de pescadores
tentar dar a volta
correr com a vaga ou seja com a onda
isto é o que podem ver um pouco daquilo que os pescadores sofrem
fotos dos barcos de pesca a fazer ((capa))aguentar o temporal.
a espera que a tempestade passe
em baixo da onda
entre as ondas
Naufrágio, sentimento de dor…
Neste momento de dor, vivo a perda de dois companheiros do nosso mar…
Com todo o respeito pela família, decidi escrever este poste para alertar certas situações perigosas, a quem anda por esses mares…
Aproveito no entanto o momento para lhes enviar os meus pesamos…
Sendo eu próprio marinheiro…
Estou triste, desolado pelo acontecimento aqui na nossa costa…
Mas porquê? Pergunto eu!
Dois irmãos… Jovens, cheios de vida deixaram rebentos que sentirão a falta deles.
No sustento, na educação, na partilha do dia a dia…
Perderam a vida neste lindo lugar piscatório chamado “CAXINAS”
Vila Do Conde
Onde os meios de sobrevivência, são a pesca. (Ou seja, o que dela resta)
Esta triste realidade…
Que acontece com muita frequência ao longo do ano…
Como podemos, por fim a estes naufrágios?
Que tanto nos magoa a alma e nos põem á prova a capacidade de aguentar tanto sofrimento.
Sentimos revolta por os ver partir, esses homens novos que labutam, para um futuro melhor para seus filhos…
Dia a pós dia, sol após sol, lá vai o homem para o mar sem saber se irá regressar…
Ninguém os protege, ninguém se preocupa com eles…
Gente humilde e nobre, filhos da terra essa que é as CAXINAS…
Não é com missas, nem choros, nem lamentações, nem bons discursos que se impede esta catástrofe de naufrágios…
Não é pagarem um lindo jazigo (a ultima morada de mais um pescador)
que se melhora a situação de segurança no nosso mar…
Sabem porquê?
Porque nossos políticos adormecem, sem nada fazer…
Nossos governantes fecham os olhos a toda estas tragédias…
O Ex. Sr. Ministro das Pescas.
Tem de se preocupar mais com o posto que ocupa e o que pode fazer pela segurança dos pescadores.
De uma vida depende muitas vidas…
Esta é a nossa triste realidade, que está alheia a outras realidades.
Será necessário perder ainda mais vidas, para se por fim a esta calamidade?
Não devíamos já ter posto mãos á obra?
A dor pode amortecer com o tempo…
Mas a cicatriz essa perdura para a eternidade. Ainda hoje no meu passeio matinal quando estou em terra, ia observando a costa nortenha.
Vi um barco a navegar entre os molhos do porto da Povoa de Varzim…
Como a foto ilustra mais abaixo…
A lancha Poveira e sua tripulação…
Pode tristemente, observar que nenhum deles usa colete salva-vidas…
E depois as coisas acontecem infelizmente…
Mais uma vez me pergunto porquê?
Por desconhecimento, ou por falta de métodos…
Ou mesmo de algum orgulho próprio de arriscarem…
Sendo realista, sabemos que sem coletes salva vidas as hipóteses de salvamento são mínimas.
Já que com o colete 95% de vidas podem ser salvas…
È neste sentido que escrevi este poste…
Desculpem o meu desabafo, um grito de dor pela perda…
E ao mesmo tempo um grito de alerta…
Infelizmente vejo e noto no meu País uma grande falta de segurança…
. Passado da vida do Bacalh...
. Naufragio–Sentimento-Dor ...